Geoprocessamento: Preparando Antônio Carlos para o futuro

A exemplo de cidades como Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu, Antônio Carlos terá o seu sistema de geoprocessamento. Nesta quinta-feira (22), a Viageo Tecnologia e Engenharia, empresa contratada para fazer o mapeamento da base cartográfica do município, esteve na Secretaria de Planejamento para relatar o andamento dos serviços, que foram contratados por meio do Processo Licitatório nº 67/2017. A ferramenta foi apresentada ao prefeito Geraldo Pauli, à secretária de Administração e Finanças Solange Schmitz Kremer e ao secretário de Planejamento Rodrigo Conrat. 

Além do imageamento terrestre panorâmico 360º em nível de rua, processo semelhante ao do Google Street View, a Viageo revisará os imóveis existentes e também identificará os não cadastrados na prefeitura. A empresa rodou pelo município por três dias com seis câmeras instaladas em um carro, fotografando em alta resolução (até 30 megapixels no total) a cada 4m percorridos.

Com esse mapeamento formado pelas imagens panorâmicas, a prefeitura poderá identificar os terrenos que estão cadastrados como baldios, mas possuem área construída e comparar as áreas dos imóveis com a base de dados do sistema de tributação. As divergências serão notificadas e o contribuinte terá 15 dias para contestar. Após esse prazo será emitido um carnê complementar de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano). 

Segundo o secretário de Planejamento Rodrigo Conrat, o geoprocessamento deve gerar ao município um aumento na arrecadação. Outro benefício que esse sistema trará é a melhoria nos serviços públicos. “O geoprocessamento facilitará a vida do contribuinte, que não precisará se deslocar até a prefeitura para emitir certidões ou fazer consultas de viabilidade e também poderá acessar o sistema. Ele também melhorará a fiscalização, que em diversos momentos tem dificuldade para identificar o proprietário de um lote. É um processo demorado. Com o Geo, basta clicar sobre o terreno e descobrir os dados do contribuinte para gerar a notificação”, diz. 

Conrat também explica que o valor investido na contratação do sistema (R$ 220 mil) será pago em um curto prazo, tendo em vista que a arrecadação terá um aumento substancial com o cadastro de todos os imóveis na área urbana do município. “Temos uma demanda muito grande de núcleos urbanos que foram criados e até então não foram cadastrados pela prefeitura, que deixa de cobrar IPTU e taxa de lixo. Florianópolis utiliza esse mesmo sistema e tem colhidos bons resultados. Queremos seguir nesse caminho”, finaliza o secretário.