Acervo do Museu Raulino Reitz começa a ser recuperado

Resgatar a história de Antônio Carlos e do seu filho ilustre Cônego Raulino Reitz. Este é o objetivo do trabalho de inventário e restauração do acervo do Museu Municipal que vem sendo realizado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, por intermédio da Coordenadoria de Cultura.

 O trabalho está sendo realizado pela coordenadora de Cultura, Luciana Scussel, especialista em conservação e restauração de arte sacra, pintura em cavalete, papel e fotografia. Segundo ela, numa primeira etapa toda a situação do acervo está sendo registrada por foto. Posteriormente, o material vai para laboratório de restauro.

No início do ano passado a administração municipal se deparou com a situação de total abandono do Museu Municipal. O assunto foi destaque na mídia regional e estadual e nas redes sociais. O local, no subsolo da Prefeitura, havia sido atingido por duas enchentes nos anos de 2008 e 2010. Fotos, documentos e peças de época, permaneceram amontoados, sem as mínimas condições de conservação. Grande parte deste acervo foi perdida o que poderia ter sido evitado se, logo após os alagamentos, tivesse recebido o devido tratamento para secagem e recuperação. 

O secretário de Educação e Cultura, Altamiro Antônio Kretzer, solicitou à Fundação Catarinense de Cultura um relatório sobre a situação do museu e de seu acervo. Os técnicos da FCC recomendaram limpeza, recuperação, inventário e catalogação das peças, bem como a transferência do acervo para local adequado.

Na ultima sexta-feira (24/01) o prefeito Paulo Remor assinou com a Caixa Econômica Federal o contrato para liberação de R$ 269 mil. Estes recursos serão investidos na recuperação da Casa Ludwig que irá abrigar o Museu Municipal Cônego Raulino Reitz. 

Saiba Mais: O Museu Municipal de Antônio Carlos foi criado pela lei municipal nº 461 de 23 de novembro de 1990. Raulino Reitz nasceu em Antônio Carlos – Santa Catarina a 19 de setembro de 1919, filho de Nicolau Adão Reitz e de Ana Wilvert Reitz. Foi criador da FATMA (Fundação de Amparo à Tecnologia e Meio Ambiente) em 1975, seu presidente e diretor de projetos, e considerado o fundador da ecologia catarinense. Desde a década de 1940 se preocupava com a preservação ambiental. Membro de diversas entidades científicas no Brasil e no exterior, Prêmio Global 500 – o mesmo que foi conferido ao seringalista Chico Mendes. Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e membro da Academia Catarinense de Letras.