Prefeitos da Grande Florianópolis prometem mais cobrança na ampliação da via expressa
Prefeitos da Grande Florianópolis prometem mais cobrança na ampliação da via expressa
Os prefeitos da Grande Florianópolis reuniram-se em São José, na manhã desta quinta-feira (21), para anunciar uma ação conjunta em defesa da duplicação da Via Expressa (BR 282). O objetivo é cobrar do Governo Federal um posicionamento, uma vez que o início das obras foi prometido para 2014. Os prefeitos divulgaram um manifesto, pois consideram que as constantes filas causam uma série de prejuízos para toda a sociedade. O próximo passo será a realização de audiências com o governador Raimundo Colombo, com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; com o diretor-geral do Dnit, Valter Casimiro Silveira, e com o Fórum Parlamentar Catarinense.
O projeto promete resolver o que é considerado o principal gargalo do trânsito em Santa Catarina. Além de mais pistas, a proposta contempla vias exclusivas para ônibus, alargamento dos elevados, ampliação das vias marginais para o trânsito local, acostamento, ciclovia e calçadas de passeio. A obra está orçada em cerca de R$ 500 milhões e seria realizada pelo PAC.
A prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, conta que o projeto foi apresentado aos prefeitos em 2013 e que os engenheiros dos municípios foram chamados para fazer as adequações necessárias. A cidade de São José é diretamente afetada pelos congestionamentos diários, uma vez que a Via Expressa corta parte do município. Além disso, dois dos viadutos da Via Expressa estão em São José. “Estamos realizando estudos de mobilidade urbana, mas dependemos das definições da Via Expressa. Assim como o planejamento do transporte coletivo da região, que também está atrelado à obra, já que a rodovia é utilizada por ônibus que atendem a Grande Florianópolis”, cita Adeliana.
Para a prefeita, é fundamental que haja o engajamento de toda a sociedade neste processo. “Juntos somos mais fortes e já demonstramos esta força quando nos unimos para cobrar o início das obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis”, aponta a prefeita de São José.
O prefeito de Florianópolis, César Souza Junior, destacou a Via Expressa hoje representa o maior gargalo do trânsito em Santa Catarina. “O início das obras estava previsto para 2014 e estamos em 2016 e não temos nenhuma sinalização sobre o andamento do projeto. O Governo Federal tem obras de mobilidade em diversas capitais, enquanto a região metropolitana de Florianópolis ainda aguarda uma resposta. Se o DNIT não tem os recursos para fazer todo o projeto, que realize as obras em etapas e se ataque primeiro os pontos mais críticos”, defende Souza Junior.
O prefeito de Biguaçu, Ramon Wollinger, afirmou que, embora a Via Expressa não faça parte do território do município, a cidade também é afetada, já que todos os órgãos do serviço público estadual e federal estão localizados em Florianópolis. “Além disso, muitos biguaçuenses trabalham e estudam na Capital, sendo diariamente afetados pelo trânsito”, lembrou Wollinger. Já o prefeito de Antônio Carlos, Antônio Paulo Remor, relatou que, diariamente, em média cinco ambulâncias saem do município para Florianópolis e pacientes acabam perdendo a consulta por causa das filas. “Nossa região se destaca na produção agrícola e os produtores também sofrem com os prejuízos causados pelos congestionamentos”, completa Remor.
O município de Paulo Lopes está localizado a 50 quilômetros da Capital. Mas, segundo o prefeito Evandro João dos Santos, é comum o trajeto durar mais de uma hora e meia. “Temos ambulâncias que trazem pacientes para fazer tratamento na Capital e todo mundo acaba sendo afetado pela questão da Via Expressa”, pontua Santos. O prefeito em exercício de Angelina, Leonardo Hammes, reforça os argumentos apresentados destacando que quem tem compromisso na Capital precisa sair duas horas antes. “Além disso, Florianópolis é um dos principais destinos turísticos do estado, condição que também acaba sendo prejudicada por esta situação”, diz Hammes.
O prefeito de Anitápolis, Marco Antonio Medeiros Junior, também defende que a duplicação da Via Expressa seja uma luta de todos os prefeitos da Grande Florianópolis, já que o centro administrativo do Governo do Estado está localizado na Capital e que as constantes filas trazem prejuízo para toda a sociedade. “Anitápolis está dentro deste contexto de mobilidade”, enfatiza. O prefeito de Santo Amaro da Imperatriz, Sandro Vidal, entende que a sociedade civil precisa ser mobilizada, uma vez que a obra de duplicação da Via Expressa é importante para o desenvolvimento de toda a região.
Segundo o prefeito de Palhoça, Camilo Martins, a questão envolvendo a Via Expressa acaba afetando todo o Estado, já que moradores de toda as regiões se deslocam diariamente para Florianópolis para atendimento seja na área da Saúde, como em questões administrativas em órgãos estaduais ou no Poder Judiciário e Assembleia Legislativa. Na sequência, Camilo Martins fez a leitura do Manifesto assinado pelos prefeitos.
O documento será entregue ao governador Raimundo Colombo em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira (25). Além disso, os prefeitos vão agendar audiências com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; com o diretor-geral do Dnit, Valter Casimiro Silveira, e com os integrantes do Fórum Parlamentar Catarinense. A ideia é fazer uma agenda conjunta em Brasília com a presença de todos os prefeitos.
Com informações de PMSJ/ASCOM
Por: Euclides Kerntopf, Assessor de Comunicação do Poder Executivo de Antônio Carlos. (fonte: Prtal da ilha).