Ministério da Saúde realiza mudanças no Calendário Nacional de Vacinação do SUS

Ministério da Saúde realiza mudanças no Calendário Nacional de Vacinação do SUS

Já está valendo o novo calendário de vacinas proposto pelo Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (5/1) mudanças no calendário de vacinação das crianças para 2016. Foram alteradas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite. Também não será mais necessária a terceira dose da vacina de HPV

NOVO CALENDÁRIO DE VACINAS

HPV – Ao invés de três doses, serão programadas apenas duas. A segunda dose deve ser tomada seis meses após a primeira e protege meninas que têm entre nove e 13 anos.

Poliomielite – Uma dose injetável aos 2, 4 e 6 aos meses de vida

Pneumonia – Duas doses, aos 2 e aos 4 meses. Reforço aos 12 meses

Meningite – Duas doses, aos 3 e 5 aos meses. Reforço aos 12 meses.

Confira, em detalhes, as mudanças em relação a cada uma delas

HPV

Um das principias mudanças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

PNEUMONIA

Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

PÓLIO – Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois,  quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.

MENINGITE

Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra  meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

HEPATITE

Houve mudanças também na vacina contra a hepatite. Quem quiser se imunizar contra o tipo A, vai poder tomar a primeira dose a partir dos 15 meses de vida.

Outra alteração. Além das alterações já anunciadas, o ministério estuda ainda expandir a oferta da vacina contra a hepatite B para toda a população, inclusive os idosos, que hoje não podem tomar o imunizante na rede pública.

Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde.

Por: Euclides Kerntopf, Assessor de Comunicação do Poder Executivo de Antônio Carlos (SC).