Antoniocarlenses se emocionam ao aprender a ler e escrever
Com o objetivo de oferecer uma nova oportunidade para jovens com mais de 15 anos, adultos e idosos que não tiveram acesso ou concluíram a educação básica "anos iniciais", a Secretaria de Educação e Cultura buscou a parceria do Ministério da Educação/FNDE, para desenvolver em nosso município o Programa Brasil Alfabetizado. Depois de formalizados os procedimentos legais e período de inscrição, 22 alunos iniciaram seus estudos no mês de março e atualmente 19 alunos frequentam regularmente as aulas.
Completados dois meses de trabalho, parte dos objetivos do programa já foi alcançado, 50% dos alunos já reconhecem as letras, números e lêem silabas simples. Para coordenação e execução do programa foi formado um grupo de trabalho composto de três alfabetizadores e uma coordenadora. Situações simples como saber ler e escrever seu próprio nome são grandes conquistas para alguns alunos, como o caso da Sra. Solange Aparecida Nunes, 32, que consegui alterar sua carteira de identidade retirando a incomoda palavra "analfabeta" e no lugar inserindo de próprio punho suas assinatura.
Outro depoimento que comprova a importância e sucesso da iniciativa é do Sr. Claudinei Fraga. "Antes eu não conseguia ler e entender as etiquetas para colocá-las nos produtos, mas agora melhorou muito, como conheço algumas silabas consigo fazer também este trabalho", relata Fraga. Esta fala apresenta a importância da leitura e da escrita no mundo do trabalho. Emocionado, o alfabetizando comentou ainda como avançou na organização de seu trabalho. Com o incentivo do empregador, encarou a oportunidade de voltar à sala de aula e conquistar novas oportunidades, hoje, além de embalar os produtos, ele pode separar e organizar o estoque.
Na sala de aula, também são cultivados vínculos de amizade, cooperação e confiança. Nela se constroem e se consolidam um processo de ensino-aprendizagem dinâmico. As vozes tanto dos alfabetizandos quanto dos alfabetizadores são ouvidas, ampliadas e aprimoradas, através da interação entre eles e deles com o conhecimento. Pois como afirma Paulo Freire, "Ninguém educa alguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo".